Joaquim Teixeira afirma que população não aguenta mais ser humilhada pela Energisa

por jip — publicado 18/11/2019 22h03, última modificação 28/01/2020 15h34
O vereador emedebista representou a CMJP na audiência pública realizada pela Alero

O vereador de Ji-Paraná Joaquim Teixeira (MDB), que representou a CMJP na audiência pública, afirmou que a empresa de energia tem tratado a todos com abuso e desrespeito, como se o município fosse uma terra sem lei e sem representantes. "Essa CPI é para dar voz ao povo, que não aguenta mais ser humilhado, desrespeitado pela Energisa".  

O presidente da CDL/ Ji-Paraná, André Moreira, declarou que a palavra que melhor representa a atuação da Energisa é “abuso”. "Prejudica o comércio, que acaba demitindo e o empregado fica com a conta alta de energia para pagar, sem trabalho. Antes, a gente sofria com a falta de energia, mas agora sofremos com a energia mais cara que Rondônia já viu. Somente com a mobilização da sociedade é que possamos enfrentar esse problema". 

A empresária Helione Souza, que fez um vídeo com denúncias contra a Energisa, que viralizou fez um desabafo. "Minha energia de R$ 354 foi para R$ 980. Busquei a empresa e fui informada de que o medidor havia sido trocado e que não havia nenhuma coisa errada. Após o vídeo viralizar, a empresa se manifestou e disse que haveria um erro, mas se eles não foram lá novamente, como eles iriam corrigir?" 

A professora Hélia Lopes, moradora de Ji-Paraná há 35 anos, declarou que pagava pouco mais de R$ 120 e passou para R$ 360. "Somos reféns de uma empresa que não respeita os nossos direitos, precisamos de apoio e que haja uma solução". 

O advogado Gabriel Tomasete declarou que "estamos diante do maior estelionato de Rondônia. Precisamos dar as mãos, pois há muita coisa ainda embaixo do tapete e precisamos nos fortalecer para enfrentar essa luta. Parabéns à CPI por estar tomando a frente nessa empreitada". 

O morador Elias Paiva levou um exemplar da Constituição Federal, durante seu discurso. "Em 1988, ganhei uma Constituição e comecei a ler. Mas de lá para cá, foram mais de 200 emendas. Isso prova o desrespeito com o cidadão brasileiro. Minha energia foi cortada, o relógio sumiu e não sei o que aconteceu. Uma dúvida: devo registrar um boletim de ocorrência? O buraco é muito mais embaixo e estamos sofrendo demais. Somos roubados. Uma vergonha!", bradou.

Texto: Alero/CMJP

Foto: Marcos Gomes