Assistentes Sociais são homenageados com Moção de Aplauso

por decom publicado 31/05/2024 10h10, última modificação 06/06/2024 14h27
A solenidade foi marcada pela entrega das honrarias, mas também pela defesa da carga horária de 30 horas semanais para os assistentes sociais e luta pelo anticapacitismo.

Na última sessão da Câmara Municipal de Ji-Paraná, os assistentes sociais da cidade foram homenageados com Moção de Aplauso, em reconhecimento aos relevantes atos de cidadania e pronto amparo em defesa da garantia dos direitos sociais para todos.

A homenagem foi proposta pela vereadora Janethe Almeida (Republicanos), que também é assistente social, e contou com a presença de outros representantes da categoria e membros da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

A vereadora Janethe abriu a cerimônia com um discurso, destacando a importância do trabalho dos assistentes sociais. Ela ressaltou o papel fundamental desses profissionais na promoção do bem-estar social e na defesa dos direitos humanos, especialmente para aqueles em situação de vulnerabilidade.

Ainda de acordo com parlamentar, os assistentes sociais atuam em diferentes contextos e com diversos grupos sociais, promovendo justiça social, igualdade e inclusão. “Eles também trabalham na educação e conscientização sobre questões sociais, capacitando a população a exercer seus direitos e deveres de forma plena”, pontuou.

Jessica Ferreira, assistente social da APAE, afirmou que ao refletir sobre as dificuldades presentes na sociedade, muitas ausências de direitos são identificadas. "O assistente social é aquele que lida diretamente com todas as vulnerabilidades sociais, econômicas e políticas. Nosso trabalho é lutar pela efetivação de direitos sociais", explicou.

A assistente social Lidiane Tanazildo, ex-secretária municipal de Assistência Social, em seu discurso, expressou sua satisfação em estar presente naquele “momento de reconhecimento da importância da categoria”. Ela destacou que mais de 160 profissionais acolhem milhares de famílias em Ji-Paraná, dando acesso a direitos que muitos não conseguem acessar por conta própria.

A Moção de Aplauso foi um reconhecimento importante para os assistentes sociais de Ji-Paraná, ressaltando o resultado significativo de seu trabalho na comunidade e a necessidade de valorização e apoio contínuo para esses profissionais.

Anticapacitismo

A vereadora Janethe também mencionou a luta pelo anticapacitismo, enfatizando que os assistentes sociais têm um papel crucial na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e no combate a posturas preconceituosas e discriminatórias.

Neste mês de maio, quando se comemora o Dia do Assistente Social, dia 15, a categoria escolheu para debate e para busca de ações o tema “Nossa Liberdade é Anticapacitista", trazendo essa questão para a conscientização pública.

Jessica destacou o trabalho de inclusão realizado pela APAE e mencionou que o debate sobre o anticapacitismo dialoga com as ações da instituição.

Como exemplos do impacto positivo do trabalho da APAE, estiveram as alunas Vanilsa, de 37 anos, e Evelin, de 36 anos. Vanilsa está se preparando para o mercado de trabalho com o apoio da instituição em seu desenvolvimento, enquanto Evelin, portadora de deficiência cognitiva, é aluna universitária do curso de Serviço Social e tem demonstrado avanços significativos.

Giovane, também aluno, destacou seu longo vínculo com a instituição e agradeceu a todos pelo momento, e, em especial, aos assistentes sociais pelo apoio e cuidado com os apaeanos. Na ocasião, parabenizou aos profissionais pelas homenagens recebidas.

Apoio à luta pelas 30 horas

Durante a sessão, a vereadora Janethe pediu apoio dos demais vereadores para pressionar o Poder Executivo a implementar a Lei Federal nº 12.317, de 2010, que estabelece a jornada de trabalho em 30 horas semanais para os assistentes sociais. Atualmente, esses profissionais em Ji-Paraná trabalham 40 horas semanais. Janethe defendeu a necessidade de fazer valer o direito da categoria.

Em respaldo à causa, Jessica Ferreira apontou as diversas vulnerabilidades enfrentadas pelos profissionais e argumentou que, devido ao impacto emocional, físico e familiar do trabalho dos assistentes sociais, “é justo lutar pelas 30 horas semanais”.

 

 

Texto: Luciane Machado 
Fotos: Márcio Ogidio
DECOM - Câmara Municipal de Ji-Paraná